Entrego-te meus olhos tristes
e pergunto como tu os molda.
Traga de novo uma esperança falida,
no momento que ela viver, não vai doer.
Traga desde o início um sorriso forte
Enquanto eu de tanto morno
me esquento abruptamente em um espasmo
ao me frontar com algo que não subtrai-se ao meio termo
Aquele sorriso, que nunca vi em lágrimas
a todo instante me lacrimeja
mas ainda assim me parecia indiferença
porque morno, nunca pensaria que podia ser por mim.
Morno, solto os cadarços e vou embora
mas tonto, desde aquele ponto
Agora nos tropeços.
Indo adiante.
Me permaneço
em tua sombra.
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Um comentário:
"Me permaneço em tua sombra"
Não é um poeta amoroso esse Adriano?
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