A sobriedade é tediosa, estagnada no perecer
o ar passa sem graça, a noite não jorra fumaça
os dias claros incomodam e a brisa fresca parece um bafo quente.
E tudo isso te leva a beber.
E vai indo-se embora tua armadura
tua alma despe-se com ternura
que beleza é ver o bêbado cantar
que beleza é ver o bêbado dançar!
A realidade crua aparece: não há tempo, não há forma, não há dever
o homem bêbado é natureza pura em se viver.
Somos animais, mas temos poesia
A poesia esta que é por vezes animalecer
Nos encontramos homens quando podemos beber!
Beber! Beber! A poesia de um homem magro é beber!
É na bebida que transparece à alma a mentira que a sobriedade constrói em nós.
O homem bêbado é o homem selvagem, sem nenhuma malandragem.
Beber sem esquecer.
Mas beber é evanescer: como a passagem do tempo, como os movimentos do espaço
como as coisas que vem e que vão, não se deixam parar agarrando pelo braço.
A embriaguez vem e vai aos poucos, e não adianta beber mais
Ela vai embora para o seu trono da paz.
Não bastaria beber. E me decepciono.
A embriaguez é a recompensa que não é entregue a qualquer um que bebe
e para manifestar a poesia do bêbado não basta beber.
Tem que viver.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
O seu sérgio - da bergamota
Seu Sérgio e dona Matilde voltavam da mateada e encontro familiar do centro da cidade de Ponto Verde. A cidade era habitada por pouco mais de 15 mil pessoas, não existia nenhum prédio. No centro, uma praça, uma Igreja e, mais além, um Parque. Neste Parque haviam muitas árvores e plantas, flores e frutas. Ninguém tomava refrigerante ou cerveja: as laranjas do parque nunca permitiram. Tudo foi de graça. Eis que Seu Sérgio encontra um grande amigo seu, quase vizinho, morador do outro lado da cidade:
-Úte Sérgio, mé que temo?
-De sempre. E como vai tu e a Família Cardoso?
-Maravilha. Agora o que eu ando brabo é com essa política, todo mundo nos roubando Sérgio. As pessoa não sabe votá! Ninguém se manifesta, enquanto isso os político roba nosso dinheiro. To achando que a gente tá ficando pior que cachorro, temo virando animal!
Enquanto isto Seu Sérgio colhia uma bergamota em uma árvore do Parque. Descascou a bergamota enquanto o Sr Cardoso falava quase sem parar, exceto as pausas para escarro. Exalou o cheiro de bergamota pelo ar, Seu Sérgio comeu uns três gomos da fruta, e com a boca ainda suja, terminou o assunto:
-Mas que bom! virar animal? parece que estamos aonde deveríamos estar. O burro, o macaco, o cachorro, e a bergamoteira, todos eles não precisam de mais nada, já sabem tudo.
-Mas como assim tchê! Que pode saber um cachorro? - replica o Sr Cardoso.
-Respirar.
Dá a volta e segue caminhando com dona Matilde, enquanto esta olha para um pedaço qualquer do espaço, com olhar de quem já sabe tudo que precisa. Ela diz o que vai fazer de janta, enquanto Seu Sérgio pensa em comer e dormir.
-Úte Sérgio, mé que temo?
-De sempre. E como vai tu e a Família Cardoso?
-Maravilha. Agora o que eu ando brabo é com essa política, todo mundo nos roubando Sérgio. As pessoa não sabe votá! Ninguém se manifesta, enquanto isso os político roba nosso dinheiro. To achando que a gente tá ficando pior que cachorro, temo virando animal!
Enquanto isto Seu Sérgio colhia uma bergamota em uma árvore do Parque. Descascou a bergamota enquanto o Sr Cardoso falava quase sem parar, exceto as pausas para escarro. Exalou o cheiro de bergamota pelo ar, Seu Sérgio comeu uns três gomos da fruta, e com a boca ainda suja, terminou o assunto:
-Mas que bom! virar animal? parece que estamos aonde deveríamos estar. O burro, o macaco, o cachorro, e a bergamoteira, todos eles não precisam de mais nada, já sabem tudo.
-Mas como assim tchê! Que pode saber um cachorro? - replica o Sr Cardoso.
-Respirar.
Dá a volta e segue caminhando com dona Matilde, enquanto esta olha para um pedaço qualquer do espaço, com olhar de quem já sabe tudo que precisa. Ela diz o que vai fazer de janta, enquanto Seu Sérgio pensa em comer e dormir.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Os cheiros de ontem
A rua, a casa, o repolho podre, o sabonete
as flores dos canteiros, os bueiros
Nenhum deles tem cheiros.
Um dia claro, uma mudança de temperatura
uma lembrança, um dia de domingo
E os ontens reaparecem com prestígio.
Aquele dia sem cheiro, foi vivido, refletido
amassado e derretido
E em um dia de sol, toda vista e toda luz
que eu havia escondido
Agora reaparece. A luz do sol depois da chuva
e o cheiro do passado volta dizendo algo
um sabor de significado, do que antes não se sabia o que é
Num dia comum, as coisas não se percebem
as coisas não tem cheiro
Mas eis que de repente, aparece dentro de mim
O cheiro de ontem, o cheiro do passado
o cheiro de todo tempo ao mesmo tempo
de todos os dias em um só dia
Transporte perceptivo, vivido, do que na hora já havia sido esquecido.
Na passividade, no humor rancoroso, num dia sem vento
Na calçada molhada, e nada na volta, e tudo de dentro
O passado trazendo pra hoje o cheiro do tempo.
as flores dos canteiros, os bueiros
Nenhum deles tem cheiros.
Um dia claro, uma mudança de temperatura
uma lembrança, um dia de domingo
E os ontens reaparecem com prestígio.
Aquele dia sem cheiro, foi vivido, refletido
amassado e derretido
E em um dia de sol, toda vista e toda luz
que eu havia escondido
Agora reaparece. A luz do sol depois da chuva
e o cheiro do passado volta dizendo algo
um sabor de significado, do que antes não se sabia o que é
Num dia comum, as coisas não se percebem
as coisas não tem cheiro
Mas eis que de repente, aparece dentro de mim
O cheiro de ontem, o cheiro do passado
o cheiro de todo tempo ao mesmo tempo
de todos os dias em um só dia
Transporte perceptivo, vivido, do que na hora já havia sido esquecido.
Na passividade, no humor rancoroso, num dia sem vento
Na calçada molhada, e nada na volta, e tudo de dentro
O passado trazendo pra hoje o cheiro do tempo.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
O túmulo de Sebastião
Houve quem um dia fizera meu amor tornar-se ódio. Houve um dia que compreensão virou mistério, e namoro, adultério. Uma cerveja gelada me engasgava, e eu perdia a ebriedade pela tontura da maldade. Assim foram correndo as dores, todas intermináveis. Então houve um dia que abalou-se o que nunca foi fixo, e minha mente caiu em um poço sem fundo. Lá estava eu: de homem limpo e apaixonado, em babuíno desesperado. Não sabia para onde ir, nem onde procurar.
Houve um dia que o sangue fluia, e as emoções palpitavam nas veias e de versos a mente fervia. Mas no jogo sujo em que nenhum momento é apreensível, ocorre a fuga das paixões. A dúvida, a melancolia, a surra e o abate. O fim parece próximo, eis que os rios congelam no frio, e meu banho virando afogamento: depois da luta contra a correnteza, a paz. Aquela paz sem esperança, do que nada mais quer, do que não sabe nem precisa mais nadar. Nada. Nada. Procuro, e até a busca é...Nada.
Não existe mais medo, não existe mais sofrimento, não existem paixões. Existe apenas o tempo passando, na eterna pedra tocando, mas sem nunca quebrá-la. Agora me encontro por dentro e por fora do mesmo jeito: duro. Mas eis que num olhar, num relance, olho para o meu existir, e como alguém que não sou eu, incrivelmente sinto pena, tristeza, mas já isso como algo que não me toca diretamente, que não dói, que não é meu. Encontro, no fundo de mim mesmo, vendo de fora, como outro que não se importa com o mesmo: um túmulo, sem flores, sem cheiros e sem cores. Nas memórias e dentro do coração estava escrito: Aqui Jaz Sebastião.
domingo, 21 de junho de 2009
Confissões - 4
Como o tempo engole as saudades
como as mentiras interpretam a lealdade
como tudo fica tão distante, quando passam os momentos
mas se mantém nos pensamentos?
As prateleiras ficam cheias de retratos opacos
no corredor ainda tudo é vazio.
As imagens falham enquanto os eventos se esfacelam
guardados poucos em gavetas que ninguém abriu
Os dias ferem o dorso de quem deve andar:
correndo, correndo, correndo sem vacilar
procurando os lugares que devia estar
e os deveres justos que podiam ordenar
O viver está submerso em um mistério
de formar uma história coerente
que nunca pode parar
que nunca pode mudar
que nunca pode escapar.
Quem soubera o que é querer!
Até hoje todos só puderam se entregar
às dúvidas das próprias certezas
a trilhar o rumo de nenhum lugar.
O dever ordena o caminho.
qualquer caminho manipula o dever.
Desejar é apenas imaginar.
Imaginar e desejar, só pode ser lembrar.
Apaga a vontade. Apaga qualquer possibilidade
de voltar atrás
de querer de novo o que devia passar.
O tempo ordena. E todos obedecem:
seguem adiante na cegueira
de construir o próprio tempo
e organizar a própria vida.
A memória esquece das ordens.
A memória desobedece o tempo.
A memória viola a lei que nos obriga
a não exagerar em qualquer saudade.
O tempo manda
"vai embora, e segue o teu caminho"
até o limite um andarilho
em uma estrada que desvia
outras vias torpes para o fim.
como as mentiras interpretam a lealdade
como tudo fica tão distante, quando passam os momentos
mas se mantém nos pensamentos?
As prateleiras ficam cheias de retratos opacos
no corredor ainda tudo é vazio.
As imagens falham enquanto os eventos se esfacelam
guardados poucos em gavetas que ninguém abriu
Os dias ferem o dorso de quem deve andar:
correndo, correndo, correndo sem vacilar
procurando os lugares que devia estar
e os deveres justos que podiam ordenar
O viver está submerso em um mistério
de formar uma história coerente
que nunca pode parar
que nunca pode mudar
que nunca pode escapar.
Quem soubera o que é querer!
Até hoje todos só puderam se entregar
às dúvidas das próprias certezas
a trilhar o rumo de nenhum lugar.
O dever ordena o caminho.
qualquer caminho manipula o dever.
Desejar é apenas imaginar.
Imaginar e desejar, só pode ser lembrar.
Apaga a vontade. Apaga qualquer possibilidade
de voltar atrás
de querer de novo o que devia passar.
O tempo ordena. E todos obedecem:
seguem adiante na cegueira
de construir o próprio tempo
e organizar a própria vida.
A memória esquece das ordens.
A memória desobedece o tempo.
A memória viola a lei que nos obriga
a não exagerar em qualquer saudade.
O tempo manda
"vai embora, e segue o teu caminho"
até o limite um andarilho
em uma estrada que desvia
outras vias torpes para o fim.
domingo, 17 de maio de 2009
O sublime, o esquisito
Torto.Torpe.Calado.Gritante
Chama a atenção, se olha, se estranha
olhos virados, dentes tortos, esculhambados
cor esquisita, pele podre
aspectos repugnantes
Imagem que sempre lembra dor.
Olhar...porque olhar?
e chama atenção, dá medo.
E procurar aonde, como?
Por que?
Curiosidade, o que apavora, afasta
Mas de novo, curiosidade, e se volta, encantado.
Por que?
Fora dos padrões. Como pode ser assim?
E encanta. No próprio aparecer, demonstra seus mistérios
nos enche de dúvida, de terror
Um sentimento esquisito, a todo instante transformador.
E sempre se olha, e sempre se assusta e foge
e se olha de novo.
A feiúra é linda. É original. É incompreensível.
Chama a atenção, se olha, se estranha
olhos virados, dentes tortos, esculhambados
cor esquisita, pele podre
aspectos repugnantes
Imagem que sempre lembra dor.
Olhar...porque olhar?
e chama atenção, dá medo.
E procurar aonde, como?
Por que?
Curiosidade, o que apavora, afasta
Mas de novo, curiosidade, e se volta, encantado.
Por que?
Fora dos padrões. Como pode ser assim?
E encanta. No próprio aparecer, demonstra seus mistérios
nos enche de dúvida, de terror
Um sentimento esquisito, a todo instante transformador.
E sempre se olha, e sempre se assusta e foge
e se olha de novo.
A feiúra é linda. É original. É incompreensível.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Sobre Pausa - 1
Um movimento de luz acinzentando a imagem.
Blocos de algodão se escurecem pelo horizonte.
O verde anis e o amarelo tomam palidez
e sobra um verde antipático como homogêneo.
As aves que voavam somem dali
Os rastejadores parecem encontrar algum buraco
Macacos, elefantes, e os animais mais gordos
simplesmente somem e ninguém sabe para onde.
Sobram as árvores, da calma ao desespero
Uma melodia crescente e assobiosa
acompanha os galhos e as folhas
e como se todo o verde cantasse, brabo,
um sopro amedrontador, anunciando o caso.
E logo tudo acalma.
O vento some
e tudo para de repente
para a chuva chover.
Blocos de algodão se escurecem pelo horizonte.
O verde anis e o amarelo tomam palidez
e sobra um verde antipático como homogêneo.
As aves que voavam somem dali
Os rastejadores parecem encontrar algum buraco
Macacos, elefantes, e os animais mais gordos
simplesmente somem e ninguém sabe para onde.
Sobram as árvores, da calma ao desespero
Uma melodia crescente e assobiosa
acompanha os galhos e as folhas
e como se todo o verde cantasse, brabo,
um sopro amedrontador, anunciando o caso.
E logo tudo acalma.
O vento some
e tudo para de repente
para a chuva chover.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Os comunitaristas
Rafanzo 001 estava de pé, postado na posição intermediária entre as leis da terra e as leis do mundo. As regras da sua comunidade lhe exigiam. Seu co-cidadão havia desrespeitado as leis estruturais do comunitarismo vigente. Todos sabiam qual lhe seria a pena: para aquele que faz mal uso do membro, a perda do mesmo. Agenor XH3 havia agarrado a mulher do próximo com ambos os braços, agora estava prestes a perder apenas um.
Agora o comandante geral da aldeia de Tembarí estava a postar-se para dar o veredicto. Porém toda comunidade já sabia. Todos aceitavam as regras, todos seguiam as leis, todos eram um. Nada havia fora da comunidade.
-Agenor será castigado com a perda do braço, que será feita, para manter a honra da comunidade e do ainda membro desta, através da espada. Aleatoriamente escolherei alguém para prestar este serviço.- disse o general
Pasmem. O escolhido foi Rafanzo. Agenor e Rafanzo eram amigos desde a infância. Brincavam juntos, aprenderam as leis e os bons costumes na mesma escola, quando um infringia a regra da comunidade, o outro lhe reprimia. Se algum dia faltassem com respeito a um membro da comunidade, apanhavam juntos, se arrependiam juntos. Porém o respeito pelo ambiente político e social era muito mais forte que sua relação particular e privada. Não havia amizade privada, eles apenas concebiam isto como conseqüência da vida em conjunto. Todos merecem o mesmo respeito, e a unidade da comunidade deve ser cumprida.
Ao ser chamado, Rafanzo prontamente pegou a espada. Postado, Agenor esperava com ansiedade o castigo. Estava prestes a purificar sua dignidade perante sua comunidade. A mulher com quem tinha se envolvido já haviam-lhe arrancado o útero. Antes da conclusão da cerimônia de purificação, não se olharam. Rafanzo em nenhum momento titubeou, não teve dúvida: aquilo era para ser feito.
...
O braço agora era parte independente do corpo de Agenor. Um pouco de sangue, logo tomaram-se os cuidados para estancar o sangue. Nenhum grito de dor, nenhuma risada ou comportamento desrespeitoso por parte do público, nenhum ódio. A comunidade estava novamente limpa, o arrependimento tomou conta das atitudes, o castigo foi realizado, o equilíbrio reconstituído.
No outro dia os amigos Rafanzo e Agenor combinam de sair juntos. Sentam sobre a mesa e pedem cerveja. Conversam sobre futebol, e como bom amigo, Rafanzo compreende a situação do seu amigo, sem um braço, e sempre lhe serve o copo de cerveja, com muita educação.
Agora o comandante geral da aldeia de Tembarí estava a postar-se para dar o veredicto. Porém toda comunidade já sabia. Todos aceitavam as regras, todos seguiam as leis, todos eram um. Nada havia fora da comunidade.
-Agenor será castigado com a perda do braço, que será feita, para manter a honra da comunidade e do ainda membro desta, através da espada. Aleatoriamente escolherei alguém para prestar este serviço.- disse o general
Pasmem. O escolhido foi Rafanzo. Agenor e Rafanzo eram amigos desde a infância. Brincavam juntos, aprenderam as leis e os bons costumes na mesma escola, quando um infringia a regra da comunidade, o outro lhe reprimia. Se algum dia faltassem com respeito a um membro da comunidade, apanhavam juntos, se arrependiam juntos. Porém o respeito pelo ambiente político e social era muito mais forte que sua relação particular e privada. Não havia amizade privada, eles apenas concebiam isto como conseqüência da vida em conjunto. Todos merecem o mesmo respeito, e a unidade da comunidade deve ser cumprida.
Ao ser chamado, Rafanzo prontamente pegou a espada. Postado, Agenor esperava com ansiedade o castigo. Estava prestes a purificar sua dignidade perante sua comunidade. A mulher com quem tinha se envolvido já haviam-lhe arrancado o útero. Antes da conclusão da cerimônia de purificação, não se olharam. Rafanzo em nenhum momento titubeou, não teve dúvida: aquilo era para ser feito.
...
O braço agora era parte independente do corpo de Agenor. Um pouco de sangue, logo tomaram-se os cuidados para estancar o sangue. Nenhum grito de dor, nenhuma risada ou comportamento desrespeitoso por parte do público, nenhum ódio. A comunidade estava novamente limpa, o arrependimento tomou conta das atitudes, o castigo foi realizado, o equilíbrio reconstituído.
No outro dia os amigos Rafanzo e Agenor combinam de sair juntos. Sentam sobre a mesa e pedem cerveja. Conversam sobre futebol, e como bom amigo, Rafanzo compreende a situação do seu amigo, sem um braço, e sempre lhe serve o copo de cerveja, com muita educação.
domingo, 12 de abril de 2009
Sem tema
Uma poesia pelos dias que passaram
pelo dia qualquer
por qualquer acontecimento.
Por esses dias, que memória é esquecimento.
Uma poesia sem tema
de quem quer falar sem dizer,
é paralisado pela censura
desse dia qualquer.
Um rumo certo, cada dia mais perto
atordoado pela lembrança
dos esquecimentos dos dias qualquer
Preenchidas as lembranças dos dia qualquer
em um momento perdido
e a poesia sem tema se exclama
sem conseguir se encontrar
Poesia sem tema
é sempre sobre amor.
pelo dia qualquer
por qualquer acontecimento.
Por esses dias, que memória é esquecimento.
Uma poesia sem tema
de quem quer falar sem dizer,
é paralisado pela censura
desse dia qualquer.
Um rumo certo, cada dia mais perto
atordoado pela lembrança
dos esquecimentos dos dias qualquer
Preenchidas as lembranças dos dia qualquer
em um momento perdido
e a poesia sem tema se exclama
sem conseguir se encontrar
Poesia sem tema
é sempre sobre amor.
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