Tu, liberdade, és adolescente
Inflama a alma como uma virgem descarnada
Excita e enaltece, nos procura e se evanesce
Tua busca desenfreada que nunca nos acalma
Enxugamos as lágrimas e bradamos em tua fala.
Mas nada agora te enobrece
A juventude que se buscava libertada
Morre cedo logo que o sonho padece.
De realidade a tua ideia é abandonada.
Somos todos prisioneiros do mesmo destino:
crescemos para ver, para ler no mundo,
Num lençol branco com o discurso encardido.
E o limpamos, mas não te encontramos.
Liberdade, para qual nascemos, sonhamos e vivemos
Mas o que em ti não estava escrito
É que com o tempo nós crescemos
E isto significa te des-cobrir
Te afastar das cortinas idílicas
Para saber à carne crua
Que independente de como tu te desvincula
Somos crescidos dominados.
2 comentários:
Mais um que vem lembrar que ninguém mais tem 18 anos, francamente, apesar do excelente poema.
oiéé...bom de mais
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