terça-feira, 27 de abril de 2010

Findos tempos de liberdade

Tu, liberdade, és adolescente

Inflama a alma como uma virgem descarnada

Excita e enaltece, nos procura e se evanesce


Tua busca desenfreada que nunca nos acalma

Enxugamos as lágrimas e bradamos em tua fala.

Mas nada agora te enobrece

A juventude que se buscava libertada

Morre cedo logo que o sonho padece.


De realidade a tua ideia é abandonada.

Somos todos prisioneiros do mesmo destino:

crescemos para ver, para ler no mundo,

Num lençol branco com o discurso encardido.


E o limpamos, mas não te encontramos.


Liberdade, para qual nascemos, sonhamos e vivemos

Mas o que em ti não estava escrito

É que com o tempo nós crescemos

E isto significa te des-cobrir

Te afastar das cortinas idílicas


Para saber à carne crua

Que independente de como tu te desvincula

Somos crescidos dominados.

2 comentários:

Anônimo disse...

Mais um que vem lembrar que ninguém mais tem 18 anos, francamente, apesar do excelente poema.

Unknown disse...

oiéé...bom de mais