Toda
lembrança
é como um
boneco de areia
que
desmorona toda vez que é tocado.
Um
passageiro, desmontado
entre
vestígios de incerteza
diante do
que só pode se dizer
quando já
está reconhecido.
(O que só se
pode dizer
quando já
está dito.)
A carta é um
recalque
do que não
foi falado,
e o poema
é uma carta
que não foi escrita.
Somos
metáfora:
restos ao
vento
reunidos
no fluxo do
tempo.
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