domingo, 1 de junho de 2008

Como em um filme brasileiro

Como em um filme brasileiro

Apenas uma luz laranja no fim do corredor
O sofá luxuoso e a seda do seu vestido
Apareciam como uma sombra
Enquanto o bico dos seus seios se erguem em direção ao espelho do teto

Deitada como numa nuvem, perdida entre a própria sedução
e um vento livre de perdão
Que se dirige à ela como um leão à uma loba
E escurraça a sensualidade com maldito tesão

A cueca já estava perdida pela casa
Atirada pelo chão
Era apenas um princípe do mato
e aquele seu roupão...

Ao que toca a campainha...
Chega o entregador
A pizza em cima da mesa, e quando ele se volta, a porta ainda está aberta...

Alguém entra, um barulho, um grito!
Sai correndo aquele estranho
Levando o dinheiro da pizza e da entrega

Sangue naquele ilustre corredor
que há pouco era todo resplendor...

Agora ele tinha uma pizza e um corpo frio


Mas não precisava mais pagar a puta

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